8.31.2006

Afinal, era só um quisto sebáceo do tamanho de uma bola de ténis... passei no Centro de Saúde apenas para mostrar, mas o médico ucraniano insistiu em abrir sem anestesia... e espremer, espremer, espremer, espremer... até eu começar a ficar branco. No final, tinha enchido um copo. Enfim... tão lindo por fora e todo fodido por dentro... sinto-me frágil... vou embebedar-me...
A minha vida é a puta da loucura ao mesmo tempo que a loucura é a puta da minha vida.

8.30.2006

A Suécia... ai, a Suécia...
Nunca percebi o porquê dos passageiros baterem palmas quando o avião aterra (houve mesmo quem tenha gritado "bravo!" quando aterrei agora em Estocolmo). Não é suposto o piloto aterrar o avião em segurança? Não é para isso que está habilitado? Fiquei a pensar: será que quando um avião se despenha na aterragem os passageiros assobiam e apupam o piloto?
Hoje, o Serafim apareceu na Sede. Entrou na nossa sala, como faz sempre, para cumprimentar "a malta". Recebo-o sempre com um sonoro: "MÉKIÉ SERAFIM!? TUDO EM CIMA!?" Espantado por me ver, balbucinou com a sua voz característica que nunca mais me tinha visto "lá por baixo". Expliquei-lhe que tinha estado de férias, que tinha ido à Suécia, ver Suecas! O Serafim parou uns segundos, olhou-me de lado e, em silêncio, fulminou-me com o seu ar "as mulheres é que nos dão cabo da vida". Voltou costas e, antes de sair da sala, disse com a sua voz trémula: "vê lá se apareces lá por baixo... o Guilherme (50 e tal anos) está de férias e a Dona Adelaide (60 e poucos anos) foi-se embora..." Fiquei a pensar como é que aqueles 10 ou 15 minutos em que me cruzo com o Serafim "lá por baixo", uma vez por semana, ou de 15 em 15 dias, podiam ter alguma importância para ele...

8.29.2006

A Suécia... ai, a Suécia...

(agora com legendas)

8.28.2006

A Suécia... ai, a Suécia...

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Os arredores de Estocolmo - onde as pessoas têm casas de verão; ou onde os mais ricos (como se não fossem todos ricos.. duh) gostam de viver o ano inteiro. Tudo é lindo e maravilhoso e vêem-se centenas de barcos na água. Estima-se que na Suécia (com 9 milhões de habitantes) exista 1 milhão de barcos. Engraçado o graffiti simples que vi pintado no pilar de uma ponte, junto à água: cars sucks, boat rocks!

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Outrora um pântano, hoje um lago onde se consegue ver o fundo. É apenas uma parte ínfima dos jardins do palácio de Drottningholm - residência da Família Real Sueca. Tal é o luxo da coisa (bem, só a cama da rainha...) que, fazendo contas por alto, diria que se vendessem aquilo tudo podiam comprar... sei lá, tipo a Austrália.

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Uma das praças de Glam Stan - a parte velha da cidade. Nesta praça encontra-se o Museu do Nobel, onde podemos ficar a conhecer tudo sobre os Prémios e sobre Albert Einstein. Aqui encontra-se também a Academia Sueca - não, não é o sítio onde pegam em ranhosas e as transformam em mulheres deslumbrantes. É antes a Academia responsável pela atribuição do Prémio Nobel da Literatura, entre várias outras coisas.

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Glam Stan à noite. Que é como quem diz: o Bairro Alto lá do sítio. Só que não tem monhés a vender flores. Nem ciganos a vender louro prensado ou aspirinas esmagadas. Também não circulam táxis lá dentro. Nem tudo são rosas, e uma cerveja sem gás pode facilmente custar 5 euros. Mas que importância tem isso se há suecas à volta!?

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Estocolmo vista de um barco. E lá estão mais barcos na margem. Sim, porque há barcos em todo o lado. Aquilo lá ao fundo não é a avenida principal; aenas uma zona residencial "normal". Dá para imaginar que se vive bem, né?

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O meu hotel. Sim, o *MEU* hotel - porque a pagar 40 contos por noite parte daquilo já será meu... digo eu. Enfim, prefiro não pensar na loucura que cometi. Mas, de facto, há coisas sem preço - é o hotel mais central de Estocolmo. A 10 passos (juro!) do comboio para o Aeroporto. A 20 passos (juro!) da principal estação de Metro (onde todas as outras linhas se cruzam). A 30 passos (juro!) da parte velha da cidade. No último andar existe um bar tipo o do Sheraton, maravilhoso, com uma vista fantástica sobre a cidade. Cerveja sem gás, uma vez mais.

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Um restaurante simpático na parte velha da cidade. Aliás, como todos os restaurantes da parte velha da cidade. Até os hamburgueres de um paquistanês que ali tem o seu negócio são fantásticos. Os melhores do mundo. Uma vez mais, nem tudo são rosas... o café, bem... o café... enfim, não sei como é que chamam àquilo café, mas ok. É que nem num cafezinho italiano com letras garrafais a dizer "COFFEE" se bebia café de jeito.

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As arcadas da Câmara Municipal lá do sítio. É um edifício majestoso e deslumbrante. E desconfio que ali por dentro, naqueles gabinetes, se trabalhe... desconfio...

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Mais um bar/café/restaurante na parte velha da cidade. Bebi uns copos ali ao lado. E, por acaso, a cerveja até tinha gás! Yeey! Venha mais uma!

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Rena! Coisa mais linda! Uma rena! Ali, ao nosso lado. Também vi alces (fodasse, fantástico!), bisontes (res-pek!!!) e uma série de animais que nunca tinha visto ao vivo. Tudo isto encontra-se em Skansen - um parque natural, simultaneamente museu ao ar livre. É uma espécie de mistura entre jardim zoológico com quinta pedagógica (os miúdos vêem como se faz o leite, o barro, etc, etc) e museu. É uma "Suécia dos Pequeninos", mas em tamanho real - pegaram em casinhas de toda a Suécia e colocaram-nas ali. Também aqui podemos encontrar raposas, lobos, linces, ursos - a 10 minutos a pé da baixa da cidade! Agora que penso nisso, é o Monsanto lá do sítio.

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Mula! Coisa mais linda! Aliás... minto: não é mula; é sueca! Sueca! Esta fotografia tem apenas um propósito: dar a conhecer ao mundo a sueca mais feia que lá encontrei. Aqui está ela! De resto, lindas de morrer. Aliás, casava-me com a primeira sueca que vi quando lá cheguei - a "pica" do comboio! Teria os seus 20 aninhos e era querida até dizer chega! Mais tarde viria a apaixonar-me pela gaja que vendia bilhetes de Metro, pela gaja que vendia bilhetes de barco, pela gaja que estava no McDonalds ao meu lado, pela gaja que estava no McDonalds do meu outro lado, pela gaja que estava no McDonalds à minha frente, pela gaja que estava no McDonalds atrás de mim. Enfim... ai!

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Zona comercial no centro da cidade; mas não na parte velha. Tem lojas. Podia ser a Rua Augusta lá do sítio, mas não tem "sócios" estranhos a tentar vender máquinas fotográficas acabadinhas de roubar nem gajos chatos cumócaralho a perguntar se nos importamos de responder a um questionário. E tem suecas, claro.

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O lobby do *MEU* hotel. Como facilmente percebem, aquelas cores não se arranjam em qualquer lado - daí as diárias rondarem os 40 contos.

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Lá está - uma parte da Suécia que se pode encontrar em Skansen - o tal museu ao ar livre. Isto é um moinho - dizem eles. Mas tenho para mim que é um repositório de gajas lindas de morrer; o sítio onde elas se escondem... que, com o vento certo, faz com que elas se reproduzam.

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Absolut Icebar Stockholm. O primeiro e único (penso) bar do mundo todo feito EM GELO. As paredes são em gelo. O balcão é em gelo. As mesas são em gelo. Os sofás são em gelo. Os quadros são em gelo. Os copos são em gelo! Perguntam vocês: atão cumékakelamerda não derrete toda!? Simples: a temperatura ambiente constante é 5 graus negativos. Quando entramos, somos "convidados" a vestir uns fatos protectores enormes, com barrete e luvas grossas. O problema é quando temos que tirar o cartão de crédito da carteira para pagar uma bebida.

8.27.2006

A Suécia... ai, a Suécia...
Organizar os dados do disco até que pode colocar um sorriso nos lábios :), as paixonites são realmente fodidas... acho que afinal até há esperança pra mim...

Amo-te, amo-te , amo-te, este sentimento ecoa-me na alma toda, com coros feitos de memórias das tuas carícias, adornados com a imagem do teu sorriso leve na minha mente. Aqueço-me com a lembrança daquele abraço apertado, que damos apenas quando realmente amamos, porque sentimos que temos o nosso mundo todo nos braços e, quase hesitamos respirar, para que nada no-lo arranque das mãos, para que aquele aperto de membros, de corpos, de almas e de corações dure eternamente, para sentirmos sempre a plenitude do nosso ser a dois, num momento tão perfeito que parece ser impossível de atingir… sinto-me estupefacto… como me consigo sentir tão bem quando sinto que te preencho o coração e os braços….como é possível eu estar tão completo naquele ninho de calor, naquele amor que não quero sequer pensar que algum dia teria que deixar de sentir?…. És tão minha e eu sou tão teu… suspiro e suspiro e quando prendo a respiração e fecho os olhos, consigo sentir-te mesmo aqui enquanto te escrevo esta carta, toda tão coladinha a mim, a dizer-te o quanto eu te amo….. MIAU! Quero-te aqui! E estás aqui! E és una comigo.
Tenho consciência de toda a dor de toda a dificuldade de te amar, tanto como do paraíso que me mostras, quando fechas os olhos quando te acaricio….. Quero brincar com o teu cabelo, quero conversar contigo de olhos verdes, quero dar-te pedaço a pedaço todo o meu amor, para que o possas saborear completamente. Quero ver estrelas contigo, quero descobrir novas constelações no nosso céu estrelado… quero-te tanto… mas tanto, que se agora te abraçasse, se agora pudesse dar um beijo na tua mão ou no teu pescoço, o tempo deixaria de me fazer sentido e deixaria de acreditar na imperfeição das coisas…
procura-se: comentário perdido algures....

8.24.2006

Ainda tenho algumas horas do dia que cai lenta e rápidamente. Vou exprimir-me sem nenhum cuidadó. Já sei que depois vou estar melhor e mais calmo e capaz de fazer o que tenho que fazer.

_ Ao contrário do que alguém já disse, o sexo não é um problema, é uma partilha a um nível mais alto, um escape para o que de facto me corrói, me corrompe e me limita, desencanta, desilude, me incendeia as veias de raiva. Sacia-me as necessidades de reconhecimento.
_ Não consegues andar bem? Ficaste com algumas coisas doridas e um sorriso nos lábios? Pernas que te tremem? Será que deixaste escapar um gemido mais alto enquanto me incrustava em ti, grande e grosso a sentir a tua molhada vulva a espremer-se toda enquanto te vens toda? Óptimo. Anda cá outra vez, tu aguentas.
_ Faz-me esquecer o mundo, o ódio, a raiva ou a quantidade de sonhos que já perdi. Desejo-te. És uma obra de arte inacabada, quero trabalhar teu corpo com as mãos, com a boca, com sopros de ar quente e frio, com o meu corpo todo no teu, com a energia que transbordo a massajar-te essa alma. Conquistar e ser conquistado. Depois já consigo olhar o mundo com mais calma, mas agora apetece-me criar algo de extenuantemente belo e bom, experimentar o delírio divinal em corpo e mente.
Sueeeeeeeeeecaaassss!!!! I mean, Suéééééééééééééééééciaaaa... cof cof... adeusinho!!!

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ou muito me engano ou 2a feira serei o gajo mais deprimido do mundo...
insónias são fodidas, steve vai prá carola

Fuck Yourself Lyrics

Fuck yourself with a rubber hose
Stick it in your mouth and down your throat
Up your nose or in your heinie hole
I don't care where it goes
And it don't matter if you're straight or gay
You should fuck yourself anyway
Now, you don't have to listen to a word I say
But if I know you, you'll be humpin' away
Fuck yourself with your neighbor's nose
If you can't use that, use a 10-foot pole
Stick it up your ass and go for a stroll
Everyone will know you've been to this show
If you can't take it, eat my stool
Masturbate with some crazy glue
I don't care what you do
Fock yourself with a garden tool
Fuck yourself with politics
MAn they're full of fuckin' fuckin' shit
I mean you know we've been lied to ever since we were born
It's amazing that we've been getting fucked that long
Fuck yourself with the world wide web
Man you could ride that sucker right from your bed
You may even meet a Tom, Dick, Jane or a Billy
Then grab onto your modem and fuck yourself silly
Fuck yourself with your heart and soul
Give it everything you got, hey
I'm talkin' to you
If you can't even fuck yourself,
How ya gonna fuck someone else?
Fuck
yourself with my microphone
I'll give it to you later
when we're all alone
We can turn it up loud
And see if you come, but
Don't get your jizz on my microphone
Fuck yourself with organized religion
Now that is some seriously sinnin' business
If the Lord sees their pathetic crimes
He'll be fuckin' them 'til the end of time
And can someone explain to me this racist crap
I know it isn't white, but it isn't black
And to all you people who only see things your way
Well, you can suck my dick, take all day
Fuck your nose with a pound of blow
Watch your money get up and go
but when you burnt your brain and you say
I don't know!
I hate to tell you but I told you so
Fuck yourself with this grunge rock noise
I mean, stuff those albums in your groin
They come down on me because I know how to play -
Hey... fuck you!
Fuck yourself with a copy of Rolling Stone
Or are they too holy for your holiest of holes
Now those people think they're holier than Moses
But aren't they just a bunch of fuckin' posers
Fuck yourself with your mother's jewelry
I won't tell, I ain't a stooly
If you pounce hard enough you'll cough up a ruby
Your blood will be rich and so will your doodie
Fuck yourself with the latest fashion
With your spikes and your hair and those cute little buttons
And if you happen to have some leather and lace
Fuck yourself 'til you're blue in the face
Fuck yourself with your income tax
They're fucking you and that's a fact
Before you know it your money's all spent
And you've just been fucked by the government
Fuck yourself with your lawyer friend
You're the only one that's getting fucked in the end
I have been so fucked by legal bills
that my asshole is the size of Beverly Hills
Fuck yourself with your full-length sweater
With your minks and your diamonds and your Irish Setter
With your cash and your trash and your sinks and your drinks
Just fuck yourself 'til you can't even think
Those of you who enjoy this song
thank you thank you, I love you
Let's get it on
But for those of you who are totally outraged
Fuck yourself with your face
Antes de adormecer, gosto de (re)ver sketches do Ali G e do Borat... honestamemente, não sei onde é que isto vai acabar...
Pronto! Já está! Fodasse! Já me arranjaram a cenízia médica cujo nome não consigo pronunciar! Ah e tal... não te preocupes, MAS TENS MESMO DE VER ISSO LOGO QUE POSSÍVEL! Ah e tal... não te preocupes, isso é só uma PEQUENA CIRURGIA NA VÉRTEBRA! Oi!? A sério: oi!? Não, não: oi!? Porra! Fodasse! Oh cum carailho! Fodasse... mas que cena! Dass... ai...
Não sei se algum dia ficarei calmo, tenho muita vontade de experimentar. Colecciono Life/death experiences, mas não é propositadamente. Uma coisa em comum em todas essas experiências é como o tempo parece quase parar, como se me separasse do plano físico para escolher se vou ou se quero ficar, não, ainda não, e o meu corpo reage espantosamente livrando-me de tudo ou quase tudo, excepto uns arranhões, sempre foi assim. Sempre. Guardo as memórias visuais dos planos de escape de situações limite e o sentimento que despertam é sempre o mesmo. Orgulho e perplexidade.

8.23.2006

Feelings...

"You're not your job. You're not how much money you have in the bank. You're not the car you drive. You're not the contents of your wallet. You're not your fucking khakis. You're the all-singing, all-dancing crap of the world."

"We're consumers. We are by-products of a lifestyle obsession. Murder, crime, poverty, these things don't concern me. What concerns me are celebrity magazines, television with five hundred channels, some guy's name on my underwear. Rogaine, Viagra, Olestra."

"You know, man, it could be worse: a woman could cut off your penis while you're sleeping and toss it out the window of a moving car."
E o condutor exclamar: Ó Maria! fuoda-se, tu viste só os tubaros daquele mosquito?!

8.22.2006

Há uma semana que ando com dores de barriga intensas de tanto rir (até acho que já perdi peso). Também não é estranho ir na rua sozinho e desatar a rir sem conseguir parar. É mais forte do que eu. E é tudo graças a estes três sketches do (genial) Ali G.

Ali G e a Lua
Ali G e o Corpo Humano
Ali G e a Tecnologia

8.19.2006

Os 30.

Quando tinha 20 e (muito) poucos anos a vida corria-me mal. Pior: achava que a vida me ia correr mal para todo o sempre. Concebi aquela ideia romântica de me suicidar aos 30 se aos 30 não fosse o gajo mais feliz e mais bem sucedido do mundo. Parecia-me uma meta aceitável. Patinei uns anos, a vida acabou por dar umas voltas valentes... mas na véspera dos 30 não era o gajo mais feliz nem mais bem sucedido do mundo. Não me suicidei. Não sei bem porquê. Talvez por estar a jantar, talvez por ter chegado aos 30... e porque aos 30 não pensamos como pensamos aos 20 e (muito) poucos. Em 10 anos tudo mudou. Hoje, tenho o meu cantinho, o meu carro, um emprego que gosto e um bom ordenado. Naturalmente, isto dá-me algum conforto, alguma qualidade de vida. Mas tudo isto tem relativamente pouca importância. O importante foi o que mudou em mim, a forma de ver o mundo, a maneira de sentir as coisas. Isso sim, tem importância. Não é o que consegui, mas aquilo no que me tornei. Sim, porque amanhã a empresa é uma empresa falida, o meu espaço a 10 metros do mar deixa de ser meu e um filho da puta desgovernado destrói-me o carro e vai à sua vidinha como se nada tivesse acontecido. Mesmo que isso aconteça, há muito que fica comigo, muito que não perco - aquilo no que me tornei. Regemo-nos por anos, estações, meses, semanas, dias, horas. Vivemos ao segundo. Fazemos resoluções de aniversário e de Ano Novo. Quando somos jovens inconscientes é fácil identificar os 30 como uma meta, um prazo dado a nós próprios. Qualquer coisa serve para nos iludirmos. Ainda mais se formos românticos. Pois os 30 já cá estão. E não me parece que daqui a 5 anos olhe para trás e me lembre dos 30 como "aquele ano". Acho que nunca verei os 30 como o ano "antes dos 31" e "depois dos 29". Penso que será uma fase. Boa ou má. Acredito que vou sentir os 30 com o devido distanciamento temporal. Haverá uma mancha de anos e não um ano específico. O que realmente custa nos 30 é percebermos que nunca seremos atletas de alta competição ou astronautas. O que custa nos 30 é percebermos que os horizontes se estreitaram. É aceitarmos aos nossas limitações. Reconhecermos as nossas incapacidades. Lidarmos com as nossas frustrações. Aos 20, sejamos honestos, tudo é possível. Um horizonte sem fim de imensas possibilidades. Vamos sair do país. Vamos ganhar prémios Nobel. As gajas vão cair-nos aos pés. Vamos ser ricos e famosos. Vamos mudar o mundo. Mentira. Ou pelo menos em grande parte (as gajas caem-nos aos pés... é só). Às vezes tenho saudades dos sonhos que tinha aos 20. Fui-me desiludindo. Muito. Mas acho que é normal. Todos sentem o mesmo. Pelo menos a malta dos 30. Faz parte do crescimento. Aos 30 percebemos que somos o que somos e que mais vale aproveitarmos antes de começarmos a sofrer com o reumático ou com a puta da complicação médica cujo nome não conseguimos pronunciar. É por isso que aos 30 conseguimos sentir ainda um infinito mundo de possibilidades. E, de certa forma, abrimos os horizontes. Ficamos mais egoístas. Não necessariamente no mau sentido, mas no sentido em que começamos a pensar mais em nós próprios. Ninguém quer ir a um concerto? Fuck it. Vamos nós sozinhos. Ninguém quer ir à Suécia? Fuck it! Vamos nós sozinhos. Todos querem beber copos e a nós não nos apetece? Fuck it. Ficamos em casa. Não sou o melhor gajo do mundo e isso deixa-me terrivelmente frustrado. Mas, como diria o outro: "não sendo genial, não és mau" - o que me dá algum alento (ainda que efémero). Hoje sinto-me um nadinha mais calmo, um nadinha mais sereno, um nadinha mais "whatever... fuck it". Cada vez me preocupo menos com o que pensam ou comentam os outros. Fuck them! Aos 30 percebemos que há as coisas importantes, às quais devemos dar alguma importância, e coisas pouco importantes, com as quais não nos devemos preocupar. Percebemos ainda que há coisas que vale a pena tentar mudar, que nos merecem alguma dedicação, e coisas que nunca vamos conseguir mudar, com as quais não devemos perder muito tempo. Gosto desta fase da minha vida. Tenho que reconhecer que gosto. Constatar que já não vamos ser astronautas (ouch!) tem também um lado bom: percebemos que a vida não tem grande ciência; que o importante é seguir em frente, sem nos perdermos em loops tão próprios dos 20 e poucos. Sempre em frente é o caminho. Não sei onde é que isto vai dar, mas sei que é por aqui. Posto isto, tenho apenas uma coisa a dizer-vos: se aos 40 não for o tipo mais feliz e mais bem sucedido do mundo... dou um tiro nos cornos!
PEARL JAM

"Corduroy"

The waiting drove me mad... you're finally here and I'm a mess
I take your entrance back... can't let you roam inside my head
I don't want to take what you can give...
I would rather starve than eat your bread...
I would rather run but I can't walk...
Guess I'll lie alone just like before...
I'll take the varmint's path... oh, and I must refuse your test
A-push me and I will resist... this behavior's not unique
I don't want to hear from those who know...
They can buy, but can't put on my clothes...
I don't want to limp for them to walk...
Never would have known of me before...
I don't want to be held in your debt...
I'll pay it off in blood, let I be wed...
I'm already cut up and half dead...
I'll end up alone like I began...
Everything has chains... absolutely nothing's changed
"Take my hand, not my picture," spelled my T-shirt
I don't want to take what you can give...
I would rather starve than eat your breast...
All the things that others want for me...
Can't buy what I want because it's free...
Can't buy what I want because it's free...
Can't be what you want because I'm...
Why ain't it sposed to be just fun
Oh, to live and die, let it be done
I figure I'll be damned, all alone like I began...
It's your move now...
I thought you were a friend, but I guess I, I guess I hate you..
PEARL JAM

"Nothing As It Seems"

don't feel like home, he's a little out...
and all these words elope, it's nothing like your poem
putting in, inputting in, don't feel like methadone
a scratching voice all alone, there's nothing like your baritone
it's nothing as it seems, the little that he needs, it's home
the little that he sees, is nothing he concedes, it's home
one uninvited chromosome, a blanket like the ozone
it's nothing as it seems, all that he needs, it's home
the little that he frees, is nothing he believes
saving up a sunny day, something maybe two tone
anything of his own, a chip off the cornerstone
who's kidding, rainy day
a one way ticket headstone
occupations overthrown, a whisper through a megaphone
it's nothing as it seems, the little that he needs, it's home
the little that he sees, is nothing he concedes, it's home
and all that he frees, a little bittersweet, it's home
it's nothing as it seems, the little that you see, it's home...
Aos 30 anos, posso dizer que tudo o que sei sobre a vida se resume a 3 simples observações:

A primeira acontece;
À segunda tens azar;
À terceira és otário.
Tenho que voltar à decisão de uns meses atrás, de dar um descanso aos sentimentos e à glande. Tenho que conseguir manter esta decisão, fazer-me de cego, surdo e insensível, mas algo me diz que isso não vai resultar...

8.18.2006

Espantosamente nestas férias acho que não vou adoecer. :)
"As mulheres é que nos dão cabo da vida" - Serafim, 68 anos, viúvo
Um dia inteiro sem internet e sem telefone no trabalho... estive a uma nesga (mas mesmo muito pequena) de virar psicopata...
BLITZ: Existe uma grande tradição crítica que associa criatividade artística a depressão. Tomava uma pílula que o tornasse constantemente feliz?

Morrissey: Tomava a garrafa toda. Não sou parvo!

BLITZ: Mas então que canções iria escrever?

Morrissey: Nenhumas! Estaria demasiado ocupado.

(...)

BLITZ: Encontrou o amor?

Morrissey: Encontrei sim, encontrei sim. Quer dizer, é completamente falso, claro...

BLITZ: O quê? Todo o amor é falso ou o amor que encontrou é falso?

Morrissey: O segundo. Mas está tudo bem. Encontrar o amor? Como sabe o que é o amor?

(...)

BLITZ: O que lhe trouxe maturidade?

Morrissey: Certamente supreendeu-me. Pensei que o caminho para os 30 era horrendo e que o caminho para os 40 era quase insustentável, mas em anos recentes sinto que há alguma alegria na vida.

BLITZ: Essa é provavelmente uma afirmação que nunca pensou fazer.

Morrissey: Nunca. Mas nunca imaginei ter esta idade.

(...)

BLITZ: O que faria comprometer-se?

Morrissey: Nada. Por que razão havia de fazê-lo?

BLITZ: Outra pessoa?

Morrissey: Teria que ser incrível a jogar dardos.
Nunca

Nunca vou conseguir amar, porque quero e vejo e sinto e júbilo e delicio-me, com todos os sentimentos de amor dos outros, que me aquecem o corpo e alma e mente e coração.

Nunca vou conseguir amar, porque tenho a mente em chamas, o coração num bloco de gelo, a alma num breu e o corpo pejado de minas de proximidade.

Nunca vou amar porque tudo o que eu possa sentir passa por mim, por mais explicavel ou inexplicavel que seja.

Eu sou o problema.

Nunca vou conseguir amar por querer tanto e tanto invejar esse sentimento.

Mas mesmo assim, existe vida para além do amor, um refúgio chamado eu, com uma existência obscura associada que me vai mantendo inexplicavelmente vivo.

8.17.2006

Sep. 06, 2006

Aircraft: Boeing 757-200
Depart: Lisbon, Portugal (LIS)
Arrive: New York/Newark, NJ (EWR - Liberty)
Aircraft: Boeing 737-500
Depart: New York/Newark, NJ (EWR - Liberty)
Arrive: Toronto, ON Canada (YYZ)
Travel Time: 10 hr 55 mn

Sep. 13, 2006

Aircraft: Boeing 757-500
Depart: Toronto, ON Canada (YYZ)
Arrive: New York/Newark, NJ (EWR - Liberty)
Aircraft: Boeing 737-200
Depart: New York/Newark, NJ (EWR - Liberty)
Arrive: Lisbon, Portugal (LIS)
Travel Time: 14 hr 50 mn

Ai... que é desta que eu deixo de gostar de voar...

8.16.2006

- Marsalho, queres ir ao refeitório?
- Não obrigado, hoje quero mesmo almoçar.

- Sabes qual é o problema dela, Marsalho...?
- Estar menstruada continuamente há 30 anos...?

- Está mais loiro Francisco... está a ficar parecido com o Herman...
- Achas mesmo?
- Não é propriamente um elogio...

- Gostas dos meus óculos novos, Marsalho?
- Mesmo sendo daltónico, essa cor parece-me lamentável...

- Foi o Marsalho que tentou ligar ao administrador?
- Não... aliás, queria mesmo *NÃO* falar com ele.

- Já fez o que lhe pedi há meses, Ana?
- Desculpe lá... mas estava a vomitar...
- E é suposto eu ficar com pena?

- Pá, Marsalho... não era assim que o Rui fazia isto...
- Por isso é que o Rui foi despedido e agora faço eu.

- Mmmmmmm... niiiiiiiiiice... how much!? :)
- És mesmo ordinário Marsalho...

- Sabes do Tiago, Marsalho?
- Não.
- Um estafeta para ele... queres receber e assinar?
- Não sei o que é... fala com a Ana...
- Duh, a Ana não pertence à empresa a quem se dirige o serviço.
- E eu porventura pertenço!?

(mas ainda há quem me diga "tenho saudades de trabalhar contigo...")

8.14.2006

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É uma das maiores (e mais estranhas... e mais originais... e mais deliciosas... e mais negras) comédias da década de 70. Os meus agradecimentos à Camélia por me ter feito recordar o filme. Vou já à procura do velhinho VHS! Sim, eu sei que ele está para ali :-)

8.12.2006

Aviso à navegação, não pretendo comentar mais em posts anteriores aos dois anteriores, isto de fazer scroll é aborrecido...
Ora bem, muita actividade com os olhos castanhos ultimamente, nem tenho pensado quase nada nos azuis, mas hoje e ontem reflecti sobre a situação. Estou a adorar conhecer e agarrar os olhos castanhos, é uma major crush, e pronto, thats it.It could get better.

Olhos azuis, toma batatinhas a ver o que acontece, não te quero magoar, apenas quero mais, do que tive e do que não tive, tal como tu, e cada vez me dás mais sinais e é curioso como te agrada o esfregar-te subtilmente na cara que me dou conta de como esta empatia física e corporal cresce de dia para dia.

E tu, ainda não sei que nome te deva dar..hum, chamas-me coração de pedra porque queres mais e ao mesmo tempo sabes que seria um castelo de cartas a desmoronar. Adoro-te, tornaste-te numa pessoa importante na minha vida, és minha amiga, ouves-me, partilhas, ouço-te, ajudo-te e ajudas-me, partilhamos tantas coisas boas e más. Tu sim tens um coração do tamanho do mundo.
Mas será que a minha visão de nós é assim tão errada? Uma amizade tem que ser obrigatóriamente uma coisa a preto e branco? Se nos damos tão bem parece-me perfeitamente lógico que se coloque a cereja no topo do bolo quando isso se proporciona.

8.11.2006

Tu e tu! Chegou a fase do MSN (ou do Motel Requinte, se preferirem). A sério. E Ah e Tal, cria um blog por amor de deus. Já deu para perceber que tens muito para dizer.
:) ora nestes dias

curti bue concertos
Achei muitas coisas interessantes, mesmo.

_ Não sei se... uma pessoa por quem penso que me estou a apaixonar... partindo do principio que seria bem sucedido... deixa andar a ver o que acontece...

_ Os olhos azuis andam a sondar o terreno, com picardias do género da ah e tal, muito atenta a pequenissimas coisas, com observações realmente delatoras e interessantes, e agora tá cada vez melhor, muita muita saúde, marsalho tu lembras-te, tem menos daquilo que tu gostas mas acredita.....

_ TIVE A MINHA PRIMEIRA EJACULAÇÃO PRECOCE !!! HEHE!!! e foi giro, depois de no dia anterior termos fodido que nem uns animaizinhos, no dia da minha primeira vez, depois de uns preliminares de persuasão (que ela n sabia muito bem se devia ou não). Basicamente, já tinha o nabo enterrado até à cabecinha há mais de meia hora,
massagem continua com a cona, às tantas ela diz algo do género toda perdida: "opá enterras uma vez todo e depois sais" e pronto, muito lentamente para dentro alto esfreganço, às tantas começo a sentir aquela comichão na glande e no escroto que antecede a ejaculação e pimbas! Foi uma primeira vez muito bonita e sensual

8.10.2006

Loucura do dia: em poucos minutos, e sem levantar o cú da cadeira, comprei um bilhete de avião para a Suécia e reservei um hotel com diária de 200 euros. Fuck it! We only live once. E daqui a 15 dias lá estarei eu em Estocolmo...

8.07.2006

JAGSHEMASH!!! Uma vez que já viram o teaser, vejam agora o trailer! Se quiserem rir mais 8 minutos, vejam o nosso herói e as suas aventuras com um dating service. Se quiserem ficar a rir a tarde toda, é só irem ao Youtube e pesquisarem por Borat. BOOOORAAAATTTT!!!! YOUUUUUU ARE THE MAN!!!

8.04.2006

Moral da história:

1. Bendita cerveja que nos tira a dor de cabeça.
2. Há italianas feias como o raio (mas mesmo feias!)
3. Há italianas que não falam nem percebem uma palavra de inglês.
4. Afinal há espanholas que não só falam inglês como até compreendem perfeitamente o português.
5. Mas o que abunda mesmo são espanholas que não falam nem compreendem nada que não seja lá da terra delas.
6. Há italianas com tufos (alôôôôôô!! tuuufoos!) debaixo dos braços! Ainda falam das francesas...
7. Ninguém me dá mais que 28, 29 anos (uh! uh! uh!); ao puto de 25 com quem saio - e que me chama cota constantemente - todas dão 30, 31 (ahahahahah).
8. 3 gajos para 7 espanholas requer muito andamento.
9. Falar com estrangeiras que apenas arranham o inglês é uma experiência extenuante (e frustrante).
10. Sejam portuguesas, suecas ou norueguesas, o que não falta para aí são gajas desinteressantes.

8.03.2006

Como acabar com uma conversa em 3 segundos (ou o peso dos 30):

- E o que fazes na vida?
- Estudo. Passei agora para o 3o ano!