Como sobreviver ao lamentável jantar de Natal da empresa:

- Chegar ao trabalho deliberamente atrasado; afinal, de madrugada terei que estar fresco. Logo, há justificação para ter ficado a dormir um pouco mais.

- Chegar ao local do jantar já ligeiramente embriagado e entrar de forma espalhafatosa a gritar "paaaaaaaaartyyyyy!"

- Entrar acompanhado por uma acompanhante de luxo (paga com o cartão da empresa) e fazer questão de apresentá-la a toda a gente; especialmente às senhoras.

- Beber, beber e beber. Quando faltar bebida na mesa, chamar o criado de mesa aos berros como se a vida dependesse de um copo de vinho.

- Circular pelo salão com a braguilha aberta. Ir à mesa do director de recursos humanos e dar-lhe os parabéns pela festa. Sussurrar-lhe ao ouvido que a bebida é boa mas que as gajas são fraquinhas.

- Ir até à mesa dos administradores e dar-lhes os parabéns pela festa. Dizer-lhes que nas empresas em que tinha estado anteriormente os jantares de Natal eram tão chatos que até faziam as empresas parecer empresas sérias.

- Pedir o microfone, pedir silêncio aos presentes e contar a anedota do pónei! (a mãe, grávida, pergunta ao filho pequeno se prefere um irmão ou uma irmã; ao que o puto responde: "se não te rasgar muito a cona, o que eu queria mesmo era um pónei!")

- Repetir as palavras "rasgar" e "cona" depois de contar a anedota, como se ninguém tivesse percebido a anedota.

- Quando a garrafa estiver vazia, perguntar pela puta que nunca mais aparece. Reclamar que é uma vergonha, que um gajo está ali a fazer consumo e que elas nem se dignam a aparecer, que a única gaja interessante que ali está teve que ser paga por mim no dia anterior.

- Ir improvisando... como se o álcool pudesse desculpar tudo. Afinal, quem marca jantares de Natal para a noite de sexta-feira não merece outra coisa!