2.22.2007

Folheava hoje a TV Mais (don't ask) e deparei-me com uma cara conhecida: a do meu médico de família. O tal ucraniano de quem já aqui se falou. A TV Mais dedicava-lhe 3 ou 4 páginas numa secção intitulada "casos reais". Serão histórias e fait-divers, casos de sucesso e tudo o mais. Desta vez, a história contada era a do Sergei [inserir nome ucraniano com 7 consoantes seguidas aqui]. Fiquei a saber que o homem teve que pagar para sair do país dele, acabando a dormir na rua, cá, e a trabalhar nas obras e a lavar pratos em restaurantes antes de conseguir exercer medicina. Hoje é um respeitado médico e porta-voz da comunidade médica de leste que trabalha em Portugal. Tudo isto é relativamente banal (e ao mesmo tempo admirável). O que é interessante é que, na reportagem, o médico contava ainda que trabalhou para o KGB e para a Máfia Russa. Foi aí que percebi por que motivo ele nunca foi muito meigo comigo. Só lamento não ter este artigo nas mãos quando contei aos meus amigos quanto tinha custado tirar um quisto sebáceo sem anestesia com o Dr. Sergei. Pois.