Já está. Malinhas feitas. Trabalheira. Faço malas "à gaja". Levo sempre mais roupa do que sei que vou precisar. Levo sempre mais merdinhas do que o básico e o essencial. E vou esquecer-me de alguma coisa, claro está. Há um ano não dormia. Justificava-se. Era a emoção da primeira vez. Hoje vou dormir. Acho eu. O vôo não ser dos primeiros da manhã também ajuda. Aliás, às 9h ainda vou trabalhar. Trocar as últimas impressões. E aí sim, seguir com os bosses para o aeroporto. Tenho andado sereno com esta viagem. Demasiado sereno. Mas começo já a sentir o bichinho da ansiedade. A ansiedade de uma coisa que é boa. Muito boa mesmo. Este ano tenho uma coisa que joga a meu favor: estou um ano mais velho (um ano mais sábio; um ano mais modesto). As festinhas estão prometidas. E mal posso esperar pela festinha com as dinamarquesas que acompanham as entradas do jantar com vodka bem carregado! Ui! Ui, ui! O regresso será penoso. Bem sei. Mas menos penoso que o do ano passado. Acredito. Afinal, já em Junho vou onde mesmo? Ah, ao Luxemburgo! Mas primeiro terei que sofrer num daqueles fins-de-semana lamentáveis em acções de team-building da empresa. É lá para o final de Maio. Mas terei tempo para (não) pensar nisso. E assim me retiro, amigos, amigas, gajas que me adoram, anónimos que me odeiam, anónimas que me adoram, Sarrafo. Regresso dia 21. Não deixem de passar por aqui. Por vários motivos. Porque o Sarrafo prometeu poemas. Porque terei acesso à Internet. Porque isto é bom mesmo quando não se passa nada. Para despedida, algo que nunca fiz. Um toque cheesy. Deixo-vos uma música (sem estar em auto-play, para não ser irritante, claro). Deixo-vos uma canção. E quando tiverem saudades, voltem para ouvir a canção que o Marsalhinho vos deixou. Inté!