8.18.2006

BLITZ: Existe uma grande tradição crítica que associa criatividade artística a depressão. Tomava uma pílula que o tornasse constantemente feliz?

Morrissey: Tomava a garrafa toda. Não sou parvo!

BLITZ: Mas então que canções iria escrever?

Morrissey: Nenhumas! Estaria demasiado ocupado.

(...)

BLITZ: Encontrou o amor?

Morrissey: Encontrei sim, encontrei sim. Quer dizer, é completamente falso, claro...

BLITZ: O quê? Todo o amor é falso ou o amor que encontrou é falso?

Morrissey: O segundo. Mas está tudo bem. Encontrar o amor? Como sabe o que é o amor?

(...)

BLITZ: O que lhe trouxe maturidade?

Morrissey: Certamente supreendeu-me. Pensei que o caminho para os 30 era horrendo e que o caminho para os 40 era quase insustentável, mas em anos recentes sinto que há alguma alegria na vida.

BLITZ: Essa é provavelmente uma afirmação que nunca pensou fazer.

Morrissey: Nunca. Mas nunca imaginei ter esta idade.

(...)

BLITZ: O que faria comprometer-se?

Morrissey: Nada. Por que razão havia de fazê-lo?

BLITZ: Outra pessoa?

Morrissey: Teria que ser incrível a jogar dardos.

3 Comments:

Blogger C. said...

And though i walk home alone
I might walk home alone
But my faith in love is still devout

(Ele é que disse, não eu...)

10:49 da manhã  
Blogger sarrafo said...

Obrigado marsalho.

2:29 da tarde  
Blogger marsalho said...

Curiosamente, descobri esta fantástica entrevista enquanto cagava hoje de manhã. O tipo é mesmo brilhante.

6:44 da tarde  

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