2.28.2006
Voltei! Ao contrário do que aconteceu quando regressei de Berlim, não estou deprimidíssimo. Na verdade, estou bastante contente por estar em casa. Em Lisboa. Constato que já não tenho estofo para 10 dias de Porto, mas que com 4 ou 5 ainda posso bem. Não foi tão mau quanto eu estava à espera. Naturalmente, tive que cagar em muito boa gente para que estes dias não fossem lamentáveis. Tudo somado, foi porreirinho. Deu para acordar tarde, deitar à hora a que geralmente acordo, comer bem e beber uns copos com malta porreira em sítios giros. Também vi uns filmes. Não muitos. Apenas 16.
2.24.2006
2.23.2006
Não caibo em mim de contente cada vez que me nascem 3 ou 4 peixes. Nem imagino então o que possa vir a sentir um dia quando for pai. Se bem que é mais complicado reproduzir peixes do que engravidar uma miúda...
2.20.2006
Como gajo cheio de manias que sou, claro que não me podia ficar por 5 apenas. Ora tomem lá mais 5.
6. Ver filmes sozinho e em paz total. Nunca escondi ser um gajo estranho, e as evidências confirmam-no: mais depressa uma gaja me saca um jantar à luz de velas do que me convence a ir ao cinema com ela. Se és gaja e já foste ao cinema comigo, então és especial. Muito especial. Porque, por norma, faço questão de ir ao cinema sozinho. Vá lá, no limite do aceitável, posso ir com um bom amigo, pontualmente. Mas se és gaja e já levaste uma nega, não leves a mal - não era desinteresse, sou mesmo eu que sou estranho. Mais: os filmes são para ver em silêncio e sem interrupções. Mesmo em casa, o xixi faz-se antes de pôr play no DVD e ao telemóvel tira-se o som. Não há interrupções. Quando alguém me diz que viu metade de um filme no dia anterior, ou que no dia seguinte vai continuar um filme que não tinha conseguido ver completo, eu pergunto sempre se também dá fodas pela metade e se acaba as refeições dois dias depois de as ter começado.
7. Acordar cedo aos fins-de-semana. É uma mania recente mas confesso que nada me dá mais gozo que acordar cedo aos fins-de-semana e feriados. Nada, a não ser uma bela noite de copos. E é aí que o cérebrozinho entra em conflito. Copos ou acordar cedo? Copos ou acordar cedo? Copos ou acordar cedo? É uma escolha difícil. Por mais que goste de copos, hoje fico pouco ou nada triste quando acabo por não sair. Sei que me posso levantar cedo no dia seguinte. Sei que posso ir tomar um belo e tranquilo pequeno-almoço a um sítio super-agradável, antes do povo invadir as ruas. Pequeno-almoço tomado, roupinha lavada e casinha minimamente composta a um sábado às 11 da manhã faz-me sentir grande! E, às vezes, cheio de sono, verdade seja dita...
8. Correr, só de noite. Bom, não é correr às onze e meia da noite, como fazem alguns malucos (que deverão estar a contar o episódio lá nos blogs deles, a convite de alguém), mas sim correr depois de cair a noite. Durante algum tempo, em que me podia dar a alguns luxos, corria às 10, 11 da manhã e aquilo não me sabia lá muito bem. Havia muita luz, não sei. E deixei de correr. Por isso ou por outra desculpa qualquer. Um dia comecei a ter que acordar cedo, como o povinho, e tive vontade de recomeçar a correr. Escusado será dizer que tive anos e anos a tentar de forma inglória acordar mais cedo ainda para correr. Tá bem abelha! Era o despertador a tocar e eu pensar: "fodasse, mas que ideia de merda, correr agora!" E lá voltava a dormir mais meia hora. Um dia, rendido às evidências, decidi correr DEPOIS do trabalho. Era inverno, e o sol já se tinha posto há muito. Soube-me bem. E percebi que tinha nascido para correr à noite, depois de um dia de trabalho, de noite, e nunca antes de ir trabalhar, com o sol a estoirar. Deve ser dos olhos claros...
9. Amor e dedicação às criaturas aquáticas. Elas fartam-se de gozar comigo, mas no fundo têm é ciúmes dos meus peixes. Uma vez mais: se és gaja e já ouviste qualquer coisa do género "claro que vou amor, mas depois de tratar dos peixes" não leves a mal; não és tu que estás a falhar, são os peixes que são especiais. Pelos peixes, tudo! E não há dinheiro mal empregue. Pago 20 euros por um teste de nitratos ou 200 por um filtro exterior sem pestanejar. Podia gastar o dinheiro a artilhar o carro, e as mulas iam gostar. Chama-se tuning, mas eu não gosto. Prefiro peixes. Gaja que case comigo terá que ter paciência e aceitar uma divisão com mangueiras, baldes, toalhas, escova de dentes e cartão de crédito próprios para a manutenção dos aquários, entre muitas outras merdas. Mas digam-me lá que não é querido. Quantos gajos que vocês conhecem têm barritas de AlgoFlash em casa e sabem diluir Hortrilon? Preferem mesmo o tuning...? Ok...
10. Não ver televisão. Apenas Os Simpsons e o recentemente desaparecido Futurama (buaaaaaaaaaaaa) fazem com que eu me sente no sofá, de frente para a televisão, e faça aquilo a que os portugueses chamam "ver televisão". A televisão está ligada noutras alturas, admito, mas mais a marcar presença do que a pedir atenção. Há coisas que vejo em pé, há coisas que vejo de costas, mas ver ver, vejo os Simpsons e o Futurama. Parece que até há filmes no Hollywood e pornografia noutros canais, mas o acto de VER televisão, sentado num sofá, em jeito de auto-complacência, parece-me uma experiência lamentável. E não sou capaz. Não consigo perceber as pessoas que confessam saber-lhes bem ficar um domingo no sofá, a vegetar em frente à televisão. Não consigo, nem quero! O problema não são os conteúdos da televisão (não me estou a queixar das novelas, das Quintas, etc, etc), mas sim o acto em si de ver televisão. Mas sobre isso, ninguém melhor que um senhor chamado Jerry Mander para falar - o seu livro de 500 páginas ("Quatro Argumentos Para Acabar com a Televisão") abre os olhinhos a quem a isso esteja disposto.
6. Ver filmes sozinho e em paz total. Nunca escondi ser um gajo estranho, e as evidências confirmam-no: mais depressa uma gaja me saca um jantar à luz de velas do que me convence a ir ao cinema com ela. Se és gaja e já foste ao cinema comigo, então és especial. Muito especial. Porque, por norma, faço questão de ir ao cinema sozinho. Vá lá, no limite do aceitável, posso ir com um bom amigo, pontualmente. Mas se és gaja e já levaste uma nega, não leves a mal - não era desinteresse, sou mesmo eu que sou estranho. Mais: os filmes são para ver em silêncio e sem interrupções. Mesmo em casa, o xixi faz-se antes de pôr play no DVD e ao telemóvel tira-se o som. Não há interrupções. Quando alguém me diz que viu metade de um filme no dia anterior, ou que no dia seguinte vai continuar um filme que não tinha conseguido ver completo, eu pergunto sempre se também dá fodas pela metade e se acaba as refeições dois dias depois de as ter começado.
7. Acordar cedo aos fins-de-semana. É uma mania recente mas confesso que nada me dá mais gozo que acordar cedo aos fins-de-semana e feriados. Nada, a não ser uma bela noite de copos. E é aí que o cérebrozinho entra em conflito. Copos ou acordar cedo? Copos ou acordar cedo? Copos ou acordar cedo? É uma escolha difícil. Por mais que goste de copos, hoje fico pouco ou nada triste quando acabo por não sair. Sei que me posso levantar cedo no dia seguinte. Sei que posso ir tomar um belo e tranquilo pequeno-almoço a um sítio super-agradável, antes do povo invadir as ruas. Pequeno-almoço tomado, roupinha lavada e casinha minimamente composta a um sábado às 11 da manhã faz-me sentir grande! E, às vezes, cheio de sono, verdade seja dita...
8. Correr, só de noite. Bom, não é correr às onze e meia da noite, como fazem alguns malucos (que deverão estar a contar o episódio lá nos blogs deles, a convite de alguém), mas sim correr depois de cair a noite. Durante algum tempo, em que me podia dar a alguns luxos, corria às 10, 11 da manhã e aquilo não me sabia lá muito bem. Havia muita luz, não sei. E deixei de correr. Por isso ou por outra desculpa qualquer. Um dia comecei a ter que acordar cedo, como o povinho, e tive vontade de recomeçar a correr. Escusado será dizer que tive anos e anos a tentar de forma inglória acordar mais cedo ainda para correr. Tá bem abelha! Era o despertador a tocar e eu pensar: "fodasse, mas que ideia de merda, correr agora!" E lá voltava a dormir mais meia hora. Um dia, rendido às evidências, decidi correr DEPOIS do trabalho. Era inverno, e o sol já se tinha posto há muito. Soube-me bem. E percebi que tinha nascido para correr à noite, depois de um dia de trabalho, de noite, e nunca antes de ir trabalhar, com o sol a estoirar. Deve ser dos olhos claros...
9. Amor e dedicação às criaturas aquáticas. Elas fartam-se de gozar comigo, mas no fundo têm é ciúmes dos meus peixes. Uma vez mais: se és gaja e já ouviste qualquer coisa do género "claro que vou amor, mas depois de tratar dos peixes" não leves a mal; não és tu que estás a falhar, são os peixes que são especiais. Pelos peixes, tudo! E não há dinheiro mal empregue. Pago 20 euros por um teste de nitratos ou 200 por um filtro exterior sem pestanejar. Podia gastar o dinheiro a artilhar o carro, e as mulas iam gostar. Chama-se tuning, mas eu não gosto. Prefiro peixes. Gaja que case comigo terá que ter paciência e aceitar uma divisão com mangueiras, baldes, toalhas, escova de dentes e cartão de crédito próprios para a manutenção dos aquários, entre muitas outras merdas. Mas digam-me lá que não é querido. Quantos gajos que vocês conhecem têm barritas de AlgoFlash em casa e sabem diluir Hortrilon? Preferem mesmo o tuning...? Ok...
10. Não ver televisão. Apenas Os Simpsons e o recentemente desaparecido Futurama (buaaaaaaaaaaaa) fazem com que eu me sente no sofá, de frente para a televisão, e faça aquilo a que os portugueses chamam "ver televisão". A televisão está ligada noutras alturas, admito, mas mais a marcar presença do que a pedir atenção. Há coisas que vejo em pé, há coisas que vejo de costas, mas ver ver, vejo os Simpsons e o Futurama. Parece que até há filmes no Hollywood e pornografia noutros canais, mas o acto de VER televisão, sentado num sofá, em jeito de auto-complacência, parece-me uma experiência lamentável. E não sou capaz. Não consigo perceber as pessoas que confessam saber-lhes bem ficar um domingo no sofá, a vegetar em frente à televisão. Não consigo, nem quero! O problema não são os conteúdos da televisão (não me estou a queixar das novelas, das Quintas, etc, etc), mas sim o acto em si de ver televisão. Mas sobre isso, ninguém melhor que um senhor chamado Jerry Mander para falar - o seu livro de 500 páginas ("Quatro Argumentos Para Acabar com a Televisão") abre os olhinhos a quem a isso esteja disposto.
Logo, logo, logo no momento em que me aventurava para partilhar com o mundo 5 manias minhas (sem que alguém me tivesse convidado a participar nesta brincadeirinha blogosférica), eis que sou convidado pela Mipo a fazê-lo. Pois fá-lo-ei!
1. Não andar com o carro na reserva sistematicamente. Deixem-se de merdas! Andar com o carro na reserva não vos leva mais longe. Nem vos poupa dinheiro. Não há nenhuma justificação aceitável para se andar com o carro na reserva. Dir-me-ão que andam mais devagar quando o carro entra na reserva. Pois digo-vos eu: eu ando mais devagar quando o carro se APROXIMA da reserva. Vai dar ao mesmo. Vão ter que abastecer, mais cedo ou mais tarde. E o que é melhor? Abastecer de manhã, no caminho para o emprego, atrasados, com um trânsito infernal e o carro na reserva, ou abastecer ao final do dia, enquanto reflectimos sobre a vida, antes do carro começar aos soluços? É preferível abastecer quando o carro se aproxima da reserva, antes de sairmos para a borga, quando ainda estamos frescos, ou abastecer às 6 da manhã, perdidos de bêbados, mortos de cansaço, quando tudo o que queremos é evitar operações stop e chegar à caminha? Andar com o carro na reserva é um péssimo princípio (per si). E não faz bem nenhum ao motor. Além de que nunca sabemos quando podemos encontrar uma sueca que nos pede boleia... e o que dizemos aí, se tivermos o carro na reserva? "Olha, desculpa lá, se morasses em Odivelas ainda te desenrascava... assim não vai dar..." (?)
2. Deitar antes de nascer o sol. Desde tempos imemoriais que me faz uma tremenda confusão deitar depois de nascer o sol. Naturalmente, tive que me confrontar com essa realidade bastantes vezes. Os copos eram bem mais importantes. Com a idade, comecei a perceber que há algo de verdadeiramente decadente no deitar depois do nascer do sol no seguimento de uma noite de copos. Em boa verdade, a partir de certa altura, podia estar com a sueca mais linda do mundo que, ao ver o céu a mudar de cor, ainda que bem lá ao fundo, me punha a andar em direcção a porto seguro (à minha cama). O trajecto em direcção a casa é no sentido este-oeste, e recordo com um arrepio na espinha inúmeras corridas para casa, noite em frente, sol no retrovisor, e pé no acelerador, bem lá no fundo. Arggghhhh..
3. Fazer a cama antes de sair de casa. Já aqui falei sobre isso. Posso estar atrasado, não tomar o pequeno-almoço, não dar de comer aos peixes, mas se há coisa obrigatória antes de sair de casa é fazer a caminha. Não consigo sair de casa sem fazer a cama. Talvez porque a cama não se faça sozinha, talvez porque gosto de ter o meu canto arrumado, talvez por não gostar de adiar coisas que terei que fazer mais cedo ou mais tarde. Ah, e estendo sempre as toalhas - que, curiosamente, também não se estendem sozinhas.
4. Lavar o cabelo todos os dias. Sim, lavo o cabelo todos os dias. Apesar das minhas coleguinhas me alertarem constantemente que, ao fazê-lo, ponho em cheque a possibilidade de ser lindo e maravilhoso para todo o sempre pois corro o risco de ficar careca muito brevemente. Estou careca (no pun intended) de lhes explicar que não acordo apresentável, e que tenho mesmo que lavar a cabeça. Elas acham que não. E até já me dei ao trabalho de tirar auto-retratos, cheio de remelas, para lhes mostrar o monstro que sou quando acordo. Elas acham-me lindo na mesma e continuam a defender que eu não devia lavar o cabelo todos os dias. Mas eu lavo. Antes careca e lavadinho que gadelhudo e seboso. Lavadinho e com cabelo seria o ideal, mas não se pode ter tudo. Enfim...
5. Adormecer com um ligeiro ruído de fundo. Não gosto de adormecer no silêncio profundo. Já lá vai o tempo em que não era capaz de adormecer sem ser a ver televisão. Constato que alcancei a minha independência emocional quando fui capaz de começar a dormir numa divisão onde não existia uma televisão. Gosto, no entanto, de adormecer sempre com um ligeiro ruído de fundo (honrosas excepções para casos de cansaço extremo, geralmente potenciados pelo bom amigo álcool). Costuma ser uma televisão, em volume imperceptível, numa divisão que não aquela onde durmo. Não tenho que perceber nada, apenas saber que está ali. E em poucos minutos adormeço. Também gosto de adormecer a ouvir música, mas ultimamente tenho acordado a meio da noite com os phones vincados na testa. E penso: "sou mesmo estúpido, fodasse!"
1. Não andar com o carro na reserva sistematicamente. Deixem-se de merdas! Andar com o carro na reserva não vos leva mais longe. Nem vos poupa dinheiro. Não há nenhuma justificação aceitável para se andar com o carro na reserva. Dir-me-ão que andam mais devagar quando o carro entra na reserva. Pois digo-vos eu: eu ando mais devagar quando o carro se APROXIMA da reserva. Vai dar ao mesmo. Vão ter que abastecer, mais cedo ou mais tarde. E o que é melhor? Abastecer de manhã, no caminho para o emprego, atrasados, com um trânsito infernal e o carro na reserva, ou abastecer ao final do dia, enquanto reflectimos sobre a vida, antes do carro começar aos soluços? É preferível abastecer quando o carro se aproxima da reserva, antes de sairmos para a borga, quando ainda estamos frescos, ou abastecer às 6 da manhã, perdidos de bêbados, mortos de cansaço, quando tudo o que queremos é evitar operações stop e chegar à caminha? Andar com o carro na reserva é um péssimo princípio (per si). E não faz bem nenhum ao motor. Além de que nunca sabemos quando podemos encontrar uma sueca que nos pede boleia... e o que dizemos aí, se tivermos o carro na reserva? "Olha, desculpa lá, se morasses em Odivelas ainda te desenrascava... assim não vai dar..." (?)
2. Deitar antes de nascer o sol. Desde tempos imemoriais que me faz uma tremenda confusão deitar depois de nascer o sol. Naturalmente, tive que me confrontar com essa realidade bastantes vezes. Os copos eram bem mais importantes. Com a idade, comecei a perceber que há algo de verdadeiramente decadente no deitar depois do nascer do sol no seguimento de uma noite de copos. Em boa verdade, a partir de certa altura, podia estar com a sueca mais linda do mundo que, ao ver o céu a mudar de cor, ainda que bem lá ao fundo, me punha a andar em direcção a porto seguro (à minha cama). O trajecto em direcção a casa é no sentido este-oeste, e recordo com um arrepio na espinha inúmeras corridas para casa, noite em frente, sol no retrovisor, e pé no acelerador, bem lá no fundo. Arggghhhh..
3. Fazer a cama antes de sair de casa. Já aqui falei sobre isso. Posso estar atrasado, não tomar o pequeno-almoço, não dar de comer aos peixes, mas se há coisa obrigatória antes de sair de casa é fazer a caminha. Não consigo sair de casa sem fazer a cama. Talvez porque a cama não se faça sozinha, talvez porque gosto de ter o meu canto arrumado, talvez por não gostar de adiar coisas que terei que fazer mais cedo ou mais tarde. Ah, e estendo sempre as toalhas - que, curiosamente, também não se estendem sozinhas.
4. Lavar o cabelo todos os dias. Sim, lavo o cabelo todos os dias. Apesar das minhas coleguinhas me alertarem constantemente que, ao fazê-lo, ponho em cheque a possibilidade de ser lindo e maravilhoso para todo o sempre pois corro o risco de ficar careca muito brevemente. Estou careca (no pun intended) de lhes explicar que não acordo apresentável, e que tenho mesmo que lavar a cabeça. Elas acham que não. E até já me dei ao trabalho de tirar auto-retratos, cheio de remelas, para lhes mostrar o monstro que sou quando acordo. Elas acham-me lindo na mesma e continuam a defender que eu não devia lavar o cabelo todos os dias. Mas eu lavo. Antes careca e lavadinho que gadelhudo e seboso. Lavadinho e com cabelo seria o ideal, mas não se pode ter tudo. Enfim...
5. Adormecer com um ligeiro ruído de fundo. Não gosto de adormecer no silêncio profundo. Já lá vai o tempo em que não era capaz de adormecer sem ser a ver televisão. Constato que alcancei a minha independência emocional quando fui capaz de começar a dormir numa divisão onde não existia uma televisão. Gosto, no entanto, de adormecer sempre com um ligeiro ruído de fundo (honrosas excepções para casos de cansaço extremo, geralmente potenciados pelo bom amigo álcool). Costuma ser uma televisão, em volume imperceptível, numa divisão que não aquela onde durmo. Não tenho que perceber nada, apenas saber que está ali. E em poucos minutos adormeço. Também gosto de adormecer a ouvir música, mas ultimamente tenho acordado a meio da noite com os phones vincados na testa. E penso: "sou mesmo estúpido, fodasse!"
2.19.2006
2.18.2006
2.17.2006
É natural, em círculos de amigos, as pessoas tratarem-se por tudo menos pelo primeiro nome. Então se falarmos de homens, é o vale tudo. Dá para tratar pelo apelido, inventar alcunhas ou mesmo usar termos carinhosos como "cabrão", "palhaço" e "paneleiro de merda". Até aqui tudo bem. O que eu não percebo - e confesso que me faz uma confusão tremenda - são as aquelas pessoas que não nos conhecem e, apanhando-nos o nome completo, decidem tratar-nos, espontaneamente, SEMPRE pelo SEGUNDO nome. Não percebo. E acho sinistro. Se o meu primeiro nome fosse Libório, facilmente aceitaria que me tratassem pelo segundo nome. Se eu fosse mulher e me chamasse Maria, também daria de barato se alguém me tratasse pelo segundo nome (afinal, não se chama ninguém por "Maria"). Agora, tendo eu um primeiro nome tão lindo quanto banal, não consigo perceber as pessoas que me tratam pelo segundo nome. Pessoas insuspeitas, que não se conhecem e que nunca ouviram ninguém tratar-me pelo segundo nome. Weird!
2.16.2006
Constato que estou cada vez mais giro e mais interessante. Honestamente, não sei onde isto vai parar.
2.15.2006
Ao contrário do Natal, do dia de Ano Novo, do Domingo de Páscoa e de sei lá mais o quê, o Dia dos Namorados não me incomoda minimamente.
2.13.2006
Estou deprimidíssimo. Voltei. Infelizmente. Não tinha dúvidas que ia gostar de Berlim. Nunca imaginei que pudesse gostar TANTO. Berlim esmaga Lisboa. Tal como a Alemanha esmaga Portugal. Sim, sim, é o discurso miserabilista de que este país é uma merda. Pois, pois... mas ide lá ver o que é um país, uma cidade, um aeroporto, um hotel, uma mentalidade, um modo de se estar e de se ser. Vou ter saudades do frio, da neve, da arquitectura que nos deixa com um ar de provincianos. Vou ter saudades da minha cama king-king size, dos pequenos luxos, dos pequenos-almoços no último piso do Marriott. Vou ter saudades das gajas. Todas lindas de morrer, bem vestidas e com atitude. Não interessa se são loiras ou morenas. E lá volto eu a repetir-me. Sim, sim, isto é um país de merda. Aliás, isto nem é um país, é um sítio mal frequentado. As pessoas são feias. Muito feias. Podiam ser feias mas com estilo. Mas nem isso. Estou deprimidíssimo.
2.08.2006
Bom, meus amigos... apenas para dizer que voltei; e que estou novamente de saída. Dentro de 12 horas estarei em Berlim. Yupi!