Londres.
Vou num pé e volto noutro.
Inté.

Onde?

... Onde vamos chegar assim? O que nos está a fazer a globalização? Eu penso que está a aumentar a filha da putice, o interesse, a destruição e a escravidão remunerada de forma exponencial, para garantir a prestação do serviço necessário, sujo, árduo, porco, penoso e feio. E vamos sonhando sempre com o que não temos, caso tenhamos pensamentos irrequietos suficientes para isso! E também capacidade de valorizar o que temos, para justificar a continuidade da necessidade da nossa escravidão do dia a dia.
... Tenho uma idéia romantica de que aqui há uns milhares de anos atrás, sem tantas histórias do mal, de destruição, desastres naturais, terrorismo, poluição e devastamento do nosso planeta, sem o conspurcamento dos mitos, tradições, mitologia própria e festejos com origem na data em que aconteceu algo de singular, pelos falcões negros, aves de rapina atentas da igreja e outras que tais, sem o consumismo exacerbado, conflitos e interesses bélicos e económicos. . . aí é que viveriamos bem! Conheciamos todos os nossos vizinhos e história de toda a gente.
... Hoje em dia, temos muito mais tempo para o nosso espaço, não é muita gente, que pode dizer sequer, que conhece metade dos vizinhos do seu quarteirão. Eu cresci em aldeola, conhecia todas as pessoas e imigrantes da minha aldeia escondida entre montes, primeira pessoa a ter computador, e era mais feliz, contacto permanente com pessoas, natureza, bichos e animais, e isso, faz-me pensar se não poderia ter estacado por aí, e satisfazer as minhas curiosidades e necessidades todas. Adormecer assim. E consegui, mas só durante uns anos. Depois já não me chegava, tinha demasiadas curiosidades de conhecer outras coisas, e muitos sonhos na cabeça, que se poderiam realizar, mas não ali, tal como agora, pra fora desta merda de país, onde como na aldeola estava FIXE, mas se continuasse assim: na primeira ficava um borgesso, enquanto que se agora continuar assim nesta merda, sinto que o meu cérebro vai dar o berro de tanto calcular, medir, atrair e encontrar todas estas personagens, factos, factores, fantasias, fascinios e facilitismos, experiências e conhecimentos da minha vida, para que assim, não seja comido tão facilmente.
... Penso que se a minha existência tivesse lugar 12000 anos atrás, de certeza absoluta que nunca teria capacidade de ter este pensamento, nem de estar tão informado e saber 1 milionésimo do que sei, (ou será que poderia saber muito mais em outras coisas bem melhores?), da mesma forma que um senhor ou rico agricultor não pensaria tanto nos males dos seus escravos ou do povo como pensa agora. Sim, porque agora, arranjou forma de os seus escravos e povo lhe darem ainda mais, durante mais tempo! Mas foda-se! se continuasse a ser daquela forma isolada, não poderiamos ter evoluído para a capacidade de mentalmente, manipular matéria física em diferentes planos e comunicar mentalmente? Mas e daí? Silêncio! Acendam os cigarros, acabem com o nervoso miúdinho de bater o pé,..., é,.... Colocai bem os preservativos, ou sede descuidados e incorrectos com a vossa prole. Criai mais incapacitados mentais e físicos, e aumentai o numero de filhos da puta, traumatizadinhos como eu.
... O processo de selecção tomou um rumo assustador, cada vez existe menos natalidade e enchemos os países com mão de obra importada, para fazer o que geralmente é mais mal visto, difícil ou mal pago, para aumentar o fosso da diferenciação social e cultural. Tudo factores que contribuem para o enfraquecimento da população dirigente dominante.
... Hoje em dia, um consumidor médio, (sim, porque agora somos "Consumidores" e "Colaboradores"), conseguirá correr quantos Km? Movimentar quanto peso? Sim, porque agora, estamos apenas a ficar mais altos, sedentários, obesos e frágeis, com doenças do arco da velha e mais tenebrosas por conseguirmos viver mais tempo, para o que o corpo foi desenhado.
... Antigamente a velhice era reverênciada, venerada, acolhida e acompanhada com respeito, aquelas pessoas eram sobreviventes, livros vivos de experiencias e conhecimento. Agora não, porque não é suposto todos chegarmos à velhice. Velhice que agora é um peso, que agora é um fardo incómodo para toda a gente e um álbum de abusos e de desprezo..
... Quem nunca pensou sobre estas coisas, continuará a não pensar enquanto não for entalado. Quem pensar e estiver atento e consciente do rumo das coisas, provavelmente estará curioso como eu.

... Senses, heart, soul and mind peeled. Vamos lá ver o que isto vai dar.

E só para que conste, as mulheres já não são o escape que já foram para mim. E afasto-me, e reservo-me, o que equivale a parecer que fui borrifado com feromonas, o que é chato, porque tenho imensas coisas para fazer. E é mais chato ainda, a puta da foda perder o seu encanto, porque não tenho que me esforçar para atingir alguns fins. E que é ainda mais chato ainda, porque não vou procurar aprofundar e conhecer melhor as paixonetas que se vislumbraram por pensar no caralho do TGV ao fundo do túnel em vez de recuar dois passos e ver que já estou do outro lado da montanha.

No entanto, tive aqui há uns tempos a certeza de saber qual a mulher que escolheria para ter filhos. O problema é que acho que ela me ama, ou terá uma qualquer coisa qualquer por mim. Eu tenho uma grande coisa por ela, amo-a, mas como amiga, irmã, filha, mãe, aluna e professora, com direito a alguma coisa mais, devido a irresponsabilidade mútua de encontros com labaredas, que me deixaram a pensar a meio pesar: "sou homem e basta.... mas que grande besta!"

A puta da mania

É fodido ter a puta da mania
seja de noite, seja de dia
As coisas não estão bem
mas do que vale o que pensa um zé ninguém
neste nojo maravilhoso que é a vida?

Está tudo fora do meu controlo
E acontece
umas vezes bem, umas vezes mal
e apesar de parecer normal, não o é.
pelo que parece,
preciso encontrar um pouco mais de fé

Sinto que alma me deixou o corpo
há já bem mais
que as duas semanas habituais
e não quero rimar
que um som que me transporte as ideias
e me permita indagar-me sobre os meus ideiais
.
Hoje fui novamente ver a noite
dos corpos que se torcem, giram, envolvem, adormecem, estagnam.
num mar de gente,
hoje consegui sorrir, desejar e afastar-me para não me desiludir. Mas ainda assim, ficou-me a ideia agradável das coisas a que quiz fugir.
Agora, estou novamente preso a mim, e a esta puta de imagem negra em que vejo o mundo. Devo mesmo estar a precisar de ter filhos, porque assim, continuando a dar-me a desculpa dos valores em vez da necessidade para não ser um GRANDE, GRANDE FILHO DA PUTA, como sei que posso ser, para comer às dentadas de tubarão, todas as bolachinhas que esta merda de sociedade me apresenta, aquantos mais abusos tenho que recorrer para ser um conformado adormecido?

E depois disto, ainda me disse que temos almoçado cada vez menos vezes. Wonder why...

Contei à minha mãezinha. Como seria de esperar, a reacção não foi de contentamento. Teve que me foder logo a cabeça com perguntas tão interessantes como: "mas disseste-lhe que tomaste aquele medicamento em 1984?", "ele tem o teu historial todo?", "e não falou nas glicémias?", "não seria de veres um segundo médico?". Caralhos me fodam! Fosgasse...

Disse-me o médico ucraniano que estou são que nem um pêro; que os bichinhos que tinha no estômago desapareceram, que não estou anémico, que tenho o colesterol normalíssimo, que o sangue está a 100%, tal como a urina e as fezes; que os rins e o fígado estão a funcionar correctamente. Disse-me para continuar a comer massas, arroz e carne como tenho comido até agora. E, claro está, para continuar a correr e a andar de bicicleta enquanto me souber bem!

:)

(neste momento, o cagar fininho e pastoso, o fígado de dimensões superiores às normais, as digestões de 6 horas e tudo o mais, são coisas que não interessam para nada)

Foi um sonho. Eu estava à mesa. Era um jantar de grupo. A pessoa que eu conhecia não estava naquele momento à mesa. Para matar o tempo e fazer conversa, perguntei às raparigas que estavam ao meu lado de onde conheciam a rapariga que me fazia estar naquele jantar. Disseram-me que eram primas, amigas, whatever. A seguir perguntaram-me de onde a conhecia eu. Respondi-lhes: "de um sonho; conheci-a num sonho." Foi um dos momentos mais estranhos dos meus sonhos; e, simultaneamente, um dos mais poéticos.

"Some of the most successful relationships are based on lies and deceit. Since that's where they usually end up anyway, it's a logical place to start." - Yuri Orlov, Lord of War

Frase da noite de santo antónio:

Isto agora... Antigamente, pra se ver cú, tinha que se desviar as cuecas, hoje em dia para se ver as cuecas tem que se desviar cú...

-Olhe que aquilo não são cuecas, é fio dental!

Soube hoje que dia 28 tenho que ir a Londres em trabalho. Fiquei super-feliz. Mas logo percebi que é para ir e regressar no mesmo dia. Passei de super-feliz a super-cansado. Enquanto o administrador dizia aquilo que achava que eu queria ouvir ("apanhas o último voo, assim escusas de lá ficar"), eu ia pensando: "e não se arranja um Marriott por lá? é que eu não me importo de lá ficar..."

Ontem acordei mais cedo para ir andar de bicicleta do que hoje para ir trabalhar. E hoje, enquanto trabalhava, aproveitei para comprar uma nova bicla. Já estou no campeonato das biclas de mais de 500 euros - coisa que sempre me fez alguma confusão. Se tudo correr bem, segunda-feira vou buscá-la! :)

Aqui estou eu. Estão a ver? Sou um homem de palavra - disse que não ia brincar aos Santos e não fui.

Esta noite, aceitei uma pastilha elástica tua. Também tinha, e eram boas e frescas, mas as tuas, oferecidas com um sorriso em toda a cara, depois de termos fixado o olhar durante quase um milhão de anos eram irrecusáveis e deviam ser bem melhores, apimentadas, mais doces e frescas.
No fim, depois de teres deixado toda a gente bazar e enquanto te despedias de mim com esse olhar que me fascinou, com a frase "vêmo-nos aqui outra vez, está bem?" que teve como retorno um "amanhã aparece mais cedo então" seguido de um "sim!" teu, estive mesmo para te oferecer uma pastilha e dizer-te "toma, as tuas já estão a acabar ;)"

Pois que a partir de amanhã acumulo novas funções (incha mula!). O administrador da holding aproveitou as férias do director da empresa e mandou chamar-me (ele há lá atitude mais linda). Explicou-me que há um mega-pincel para abraçar (como se eu não soubesse) e que eu sou a pessoa indicada para o fazer, não fosse eu "um homem super-organizado" (no shit!). Confessou ainda que o director da empresa tem dúvidas que eu seja capaz de tratar do assunto (choque! importa-se de repetir!? choque!), mas que ele, enquanto administrador da holding, quer que seja eu a fazê-lo (no fundo, é o quero, posso e mando). Antes de lhe conseguir dizer que não tenho interesse nenhum em tratar do mega-pincel, e que possivelmente o director da empresa até tem razão, o homem agradeceu poder contar comigo (pinga uma gota de suor da minha cabeça) e mandou-me sair. Agora que olho para trás, talvez não tenha sido boa ideia desmarcar-me daquele fim-de-semana de team-building.

O Paulo é um colega de trabalho, casado, mais velho. Perguntou-me se queria ir andar de bicicleta com ele na quarta-feira de manhã. Disse-lhe que sim. E pela primeira vez em anos, tenho uma óptima justificação para não sair da noite de Santo António. Yuuuuuupiiiiii!

Sei que saí o suficiente à noite (ou terá sido demasiado?) quando encontro às 4 da manhã de uma sexta-feira qualquer um quefrô indiano que não via há 5 ou 6 anos e o homem não só se lembra do meu nome como me diz que viu a minha amiga Patrícia (com quem eu saía na altura) há 2 semanas atrás ali para os lados de Santos.

Pois que acontece, pois que se verifica e confirma em triplicado e até dói de tão bem que sabe... Estou a ficar apanhadinho. E ela é linda, inteligente e boa todos os dias e na flor da idade... a ver vamos, a ver vamos, que os anos não perdoam em tudo o que nos ensinam. Sabe sempre bem espreitar para aquelas coisas boas que trazemos escondidas do mundo;)

Às vezes, apetece-me trocar uma viagem a um país escandinavo por uma viagem a um país como a Mongólia. Para o bem ou para o mal, isso só costuma acontecer-me quando já estou semi-bêbado.

Gosto de Operações Stop nas madrugadas de 2a feira: pedem-nos todos os documentos possíveis e imaginários ("senhor condutor, tem consigo o talão multibanco comprovativo do pagamento do imposto de selo municipal?") mas não nos pedem para soprar no balão.

Apetecem-me... coisas diferentes...